Nesse feriado de carnaval, seguimos com o projeto de exploração dos rios das principais bacias do Sudoeste paranaense, e hoje foi o dia de um ataque rápido na cabeceira do Rio Marrecas na divisa com os municípios de Marmeleiro, Flor da Serra do Sul e Francisco Beltrão - Paraná.

Há algum tempo temos namorado e planejado descer de caiaque a partir da cabeceira deste rio, e nas imagens de satélite parecia ser um rio mais caudaloso, com pedras e muitas corredeiras,  com desnível considerável. 


Nesse feriado de carnaval, seguimos com o projeto de exploração dos rios das principais bacias do Sudoeste paranaense, e hoje foi o dia de um ataque rápido na cabeceira do Rio Marrecas na divisa com os municípios de Marmeleiro, Flor da Serra do Sul e Francisco Beltrão - Paraná. 

Há algum tempo temos namorado e planejado descer de caiaque a partir da cabeceira deste rio, e nas imagens de satélite parecia ser um rio mais caudaloso, com pedras e muitas corredeiras,  com desnível considerável. 

De carro, partimos de Pato Branco (Luiz), Francisco Beltrão (Woldinei) em direção a Flor da Serra do Sul. O único rio que cruza a rodovia entre Marmeleiro e Flor da Serra é o Rio Marrecas. Não há placas indicativas, mas logo depois de entrar num reflorestamento de Pinus, já é o rio.  No Rio Marrecas, vendo a partir da ponte, a profundidade estimada é cerca de 30 a 40 cm, é possível ainda ver peixes circulando e as pedras no fundo. 
 
Embrenhando-se nas estradas de chão batido, seguimos até o ponto onde a estrada termina, conversamos com os moradores da chácara sobre  nossa intenção. Prontamente liberaram a passagem para chegar ao rio. Essas conversas com os moradores locais fazem parte de uma gostosa experiência, compreender como vivem e se relacionam com o ambiente. Os moradores normalmente são receptivos e hospitaleiros, cheios de história para contar, o que sempre nos agrada.  
 
Segundo compreendemos, o rio parecia estar próximo. Então resolvi deixar minha mochila no carro, uma vez que o Luiz estava levando a dele. Como não encontramos o carreiro mencionado, abrimos nosso próprio caminho. Em meio as unhas de gato (planta espinhosa e dolorida) num barranco de mais de 8 metros de altura fomos descendo na direção do Rio Marrecas. Como a inclinação era grande, as plantas rasteiras serviram de corda e apoio para a descida. Luvas foram realmente necessárias para proteção e abertura da passagem. 

O constatado é que de fato o Rio Marrecas possui muitas pedras e raso, cerca de 40 cm em muitos pontos. Porém há os poços mais fundos, que segundo os moradores são excelentes pontos para pesca. As imagens de satélite da região, provavelmente foram tiradas em momentos em que o rio estava cheio, o que o torna interessante e em alguns pontos perigosos. Mesmo com chuva, o visual foi encantador, as águas e as margens são limpas e preservadas. Muito bonito!

Segundo os moradores, quando chove na cabeceira do rio, as águas rapidamente aumentam cerca de 3 a 5 metros. É preciso ter cuidado pois o rio sobe e baixa rapidamente e conforme vai descendo o nível de intensidade aumenta.

Outra história que nos alertaram é que no entorno desta etapa do Rio Marrecas, ronda um "tigre" e precisa-se tomar cuidado e ficar alerta quanto sua presença, pois vários moradores já o viram rondando por ali.

Após a rápida inspeção do local desejado, para percorrer os mais de 80 km da cabeceira até a cidade de Francisco Beltrão será necessário alguns dias, tendo que dormir e se alimentar nas margens. Segundo os moradores, para baixo encontraremos 2 cachoeiras entre 10 a 25 metros de altura, o qual deveremos fazer portagem. Há pontos de corredeiras caudalosas e muitas pedras.

Na prática, as pedras atrasam a descida. Mas o visual sem dúvida recompensará a trip. Tudo indica que dos rios regionais já visitados, o Rio Marrecas parece ter o melhor e mais limpo ambiente até agora - pelo menos em sua cabeceira. 

Nos próximos dias estaremos nos organizando para realizar a descida.

A expectativa é grande!