Um dos ícones do montanhismo latino, o Tepuy Roraima, com seus 2810 metros de altura, fica na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.
Esta expedição é programada para um total de dez dias, desde o início da viagem, a chegada a Venezuela até as terras indígenas Pemon e o início da trilha propriamente dita.
Este projeto foi realizado entre os dias 8 a 18 de março de 2018.
Veja o relato, o vídeo e as fotos da expedição, no link ao final deste artigo.
O que torna o Tepuy Roraima atraente?
O Roraima é uma montanha em formato de mesa (Tepuy) e é característico do Planalto das Guianas. Ele é o limite entre a floresta amazônica ao sul e a savana venezuelana ao norte. Seu cume está na pedra do Maverick em território venezuelano a 2810 metros. Na parte superior do tepuy não existem nascentes. Toda a água acumulada provém das chuvas, muito abundantes na região. De lá, formam-se cascatas altíssimas. Não é a toa que a maior cachoeira do mundo encontra-se há alguns quilômetros em um tepuy vizinho. A fauna e a flora são endêmicas. Vegetação rasteira e plantas carnívoras predominam entre as rochas. Répteis e anfíbios dão vida ao local. Algumas pequenas aves também são encontradas. No seu topo, há inúmeras lagoas, cavernas e formações rochosas de tirar o fôlego. Por mais dias que se passe nas alturas, nunca é suficiente para desfrutar do local, afinal são mais de 50km2 para explorar.
Por quê o Roraima?
No final dos anos 90, o Jr aos 17 anos fez uma viagem pela América do Sul e entre os destinos escolhidos estava o Monte Roraima. Durante o início da expedição, um dos integrantes da equipe teve problemas de saúde, o que obrigou a todos a abortar a aventura. De lá para cá, nos bate-papos sobre os lugares a serem explorados, o Roraima sempre era lembrado, até que no final de 2017 surgiu a oportunidade da viagem. Toda a programação, logística e contatos ficaram por conta do Jr. Como parceiro da empreitada, juntou-se o Luiz.
Como chegar ao Roraima?
O único acesso ao topo do Roraima se dá pelo lado venezuelano, através de um acesso chamado la rampa. Como o nome sugere, é uma rampa natural com um aclive acentuado. Do Brasil, o caminho mais viável é pela capital de Roraima, Boa Vista. De lá, segue-se para a cidade de fronteira, Pacaraima, distante 214km da capital. O melhor meio de transporte é por ônibus ou então por taxis coletivos que torna a viagem menos cansativa. Após a entrada na Venezuela, o destino é a cidade de Santa Elena de Uairén, distante 17km da fronteira. Este trajeto é feito comumente em taxis venezuelanos. Lá, é a última cidade antes de San Francisco de Yuruaní, um lindo vilarejo indígena, já nas terras Pemones, ou como é chamado por eles, Kumarakapay. Esse trajeto totaliza 68km. Não há transporte coletivo e deve ser feito de taxi. De Kumarakapay até Paraitepuy, a porta de entrada do parque e início da trilha são mais 26km. O acesso deverá ser feito em veículos 4x4, obrigatoriamente.
Relato da expedição: Expedição Roraima
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